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Projetos

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01

Antes do Esquecimento

Não apenas no Brasil, mas no mundo, a preocupação com as doenças da senilidade aumentam à medida em que as estatísticas trazem o envelhecimento da sociedade.

Pesquisas apontam que 95% da população brasileira tem medo de desenvolver Alzheimer.

ANTES DO ESQUECIMENTO é uma série que compartilhará informações e tratará das emoções, dúvidas e medos dos portadores e famílias afetadas pelo Alzheimer.

02

A Menina dos Olhos

Ameaçada de morte, a pequenina Irmã Dora,  ativista da causa indígena na Amazônia, é obrigada a fugir para o Rio de Janeiro.

Vê-se obrigada a retomar a vida monástica e não se anima a procurar sua mãe– a família que lhe resta– com quem nunca teve boa relação.

A pastoral do Refugiado pede sua ajuda com uma menina que recusa a comunicar-se – a Menina dos Olhos, única testemunha de uma chacina de refugiados. Dela nada se sabe.

Para elucidar o enigma, Dora enfrentará insólitas situações, casos de desamparo e crueldade da grande cidade, bem como momentos de inesperada generosidade e empatia dos seres mais monstruosos que acaba conhecendo.

Os 5 episódios apresentam situações dramáticas autônomas, mas o arco principal se forma a partir do caso da Menina dos Olhos.

Em uma atmosfera que faz fronteira entre o policial noir e o estranho porém com alta dose de humanidade, Irmã Dora investigará fatos mas principalmente a alma dos seres que habitam um mundo esquecido por Deus e pelos homens.

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03

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Nossa Senhora dos Condomínios

Cansada da insegurança nas ruas do Rio, Pina, 48, até sentiu certo alívio em morar no Bairro Nestor, com Eno, 36, que conhecera em Praga, após outra frustrada tentativa de emigrar: em pleno dia, um pivete arranca uma pulseira de seu pulso.

Ela trabalha dia e noite, cozinhando para festas, e só lhe resta o pequeno apartamento da família, até sua venda, sob a condição de cuidar de Militão, 83, o pai catatônico. O lugar mudou muito; o que era uma vila operária projetado por um obscuro arquiteto esloveno, hoje tem novos moradores, felizes com a valorização dos imóveis. Os nestorianos (como os moradores referem-se a si mesmos) são tipos normais. Talvez normais demais; Pina experimenta uma estranheza ali que não pode definir. E daí? O lugar é encantador, nada falta, tudo é mais barato, lojinhas, ruas calmas, canchas de bocha para senhores, pracinha para crianças, o ritmo repetitivo, hipnótico em que se sucedem as casas pela rua. E os rapazes da segurança a rondar.

Mas, nesse paraíso isolado, Pina viveu um grande trauma. O Bairro, prensado entre uma floresta preservada e a entrada de um túnel movimentado, conta com a Passagem Oca para travessia sob a pista. Aos nove anos, quando explorava a galeria da Passagem, descobre uma Menina Morta. Pálida feito cera. Por conta do solo rico em calcário, dizem.  Jamais identificaram o assassino, a tragédia caiu no esquecimento. Para os nestorianos – mito. Como o pai segue mudo, ela esquece o assunto: sua atenção é corroída pelo obsedante lembrança do incidente com o pivete.

Começa a praticar artes marciais; empenha-se nos treinos até a exaustão, focada no pivete, sem dar ouvidos a Eno: “o seu adversário é outro..." 

Pina torna-se obcecada com segurança e proteção do patrimônio, interessa-se por gadgets de espionagem, controla a movimentação da rua, confere o turno de vigilantes. Porém, ao longo de 5 episódios autônomos, seus medos apenas aumentam: à medida em que mergulha na vida vizinhança, os nestorianos lhe parecem cada vez mais estranhos, suspeitos em seus hábitos às vezes inexplicáveis mas sempre ambíguos, exalando uma sexualidade difusa e ameaçadora, num mundo que se torna aos poucos insólito a seus olhos.

A situação revela-se insuportável quando os rapazes da segurança lhe dão um presente: o pivete, brutalmente espancado, em uma lata de lixo. Ela o leva a tempo a um hospital, mas reconhece o PM de plantão: um dos vigilantes.

Os fatos se precipitam; ela é levada a refugiar-se na Passagem e, vencendo sua fobia, entra na galeria de seus pesadelos, guiada por pivetes que ajudam. À media em que avança pela galeria, vê, entre os raios do sol que penetra o calcário, pacotes de cigarro, caixas de tênis de corrida, pacotes de frango congelado, linguiça defumada e – mais ao fundo – meninas deitadas, os olhos cerrados. Várias. Pálidas feito cera.

Pina foge com o pai. Longe dali, quando já se sente segura, nota que Militão olha para uma foto amarelada em sua mão: a Menina Morta pálida feito cera.

04

O Acidente

Autor de um dos mais belos filmes brasileiros da década passada – Tempos de Paz - , Bosco Brasil esse é o terceiro filme do dramaturgo/roteirista que adapta suas aclamadas peças para o cinema. Assim como Tempos de Paz e Blitz (outra de suas peças levada às telas com sucesso de crítica) O ACIDENTE (texto indicado ao prêmio Shell) quase toda trama acontece em um cenário só, mas longe de ser uma trama teatral, a costura dos diálogos e das poucas cenas de respiro, constrói uma intrincada e poética trama de encontros e desencontros. Como afirma a crítica Maria Eugênia de Menezes “uma breve revisão da obra de Bosco Brasil revela a predileção pela temática do encontro, pelas possibilidades de auto-conhecimento que surgem a partir do diálogo, do confronto com o outro.” (FSP, 2008)

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